No Centenário do dia Internacional da Mulher, Maria da Graça Carvalho diz que a mulher está sub-representada na ciência e incita a União Europeia a criar medidas legislativas que permitam o acesso das mulheres à carreira científica
Maria da Graça Carvalho declarou hoje em Estrasburgo, no dia em que se comemora o Centenário do dia Internacional da Mulher, que as desigualdades entre homens e mulheres "continuam a persistir, embora a igualdade de género seja um princípio fundamental nos nossos dias".
A deputada europeia referiu que a percentagem de mulheres entre os cientistas e engenheiros tem crescido de forma significativa e que na UE as mulheres constituem 59 % dos licenciados e 41 % dos doutorados "contudo, há dados paradoxais que dão que pensar".
"No dia em que se comemoram os 100 anos da entrega do Prémio Nobel a Marie Curie, é importante colmatar o desequilíbrio actual entre homens e mulheres na ciência e investigação que constitui um obstáculo ao objectivo europeu de aumentar a competitividade e maximizar o potencial de inovação". E acrescenta que "A mulher está sub-representada na ciência quando nos referimos a cargos de liderança. Só 19 % dos professores catedráticos nas universidades da UE são mulheres".
A concluir, a antiga Ministra de Ciência e Ensino Superior declarou que "Estes dados levam a crer que existem dificuldades no acesso das mulheres aos lugares de topo da carreira académica. É fundamental encontrar soluções que compatibilizem uma carreira científica de sucesso com a estabilidade da vida familiar, como por exemplo, à utilização das novas tecnologias que permitirão às mulheres cientistas realizar o seu trabalho a partir de casa".
Ver declaração oral aqui