Maria da Graça Carvalho, co-presidente do MEP Heart Group no Parlamento Europeu, participou esta sexta-feira, dia 17 de setembro, na conferência anual da European Health Management Association (EHMA). Falando numa intervenção em vídeo previamente gravada, para o painel intitulado "Build Back Better - Time to act: the burden of Cardiovascular Diseases", a eurodeputada do Partido Popular Europeu (PPE) salientou como o modelo de parcerias públicas e privadas do Horizonte Europa, programa-quadro da UE para a Ciência e Inovação, pode contribuir para fortalecer tanto a inovação na área da Saúde como todo o sistema de Saúde.
"Duas das 11 parcerias que entrarão em vigor em breve são sobre saúde. Uma é a Iniciativa Saúde Inovadora, sucessora da Iniciativa de Medicamentos Inovadores e aborda a prevenção, diagnóstico, tratamento e/ou gestão de doenças que afetam a população da União (como doenças cardiovasculares, cancro e diabetes). A outra é a Saúde Global e é a sucessora da parceria sobre Sida, malária e tuberculose; será mais focada em fornecer soluções para reduzir a carga de doenças infecciosas, mas também outras doenças infecciosas negligenciadas e relacionadas com a pobreza, que são prevalentes na África", explicou Maria da Graça Carvalho, que é a relatora do Parlamento Europeu para esta nova geração de parcerias do Horizonte Europa.
"A Aliança Europeia para a Saúde Cardiovascular, recentemente iniciada, é um exemplo de iniciativa transfronteiriça que pode beneficiar das sinergias com as parcerias [do programa Horizonte Europa] e ser mais forte ao pedir à União que desenvolva um plano abrangente sobre as doenças cardiovasculares", exemplificou a eurodeputada, realçando que "isso é importante especialmente neste período pandémico, em que a Covid-19 exacerbou os impactos das doenças cardiovasculares devido aos danos causados no sistema cardiovascular".
A ex-ministra da Ciência, Imovação e Ensino Superior notou que "o investimento na investigação de doenças cardiovasculares é baixo (em comparação com o pesado fardo dessas doenças) e a inovação em medicamentos para essas doenças fica atrás de outras áreas clínicas". Por isso, sublinhou, a "União deve agir agora mais do que nunca para acelerar os esforços de investigação e inovação e combater estas doenças".