Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e copresidente do MEP Hearth Group, participou esta sexta-feira, dia 23 de junho, no evento Desafios da Saúde Cardiovascular em Portugal, promovido pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia. A eurodeputada aproveitou a ocasião para falar sobre o seu trabalho nesta área e sobre os esforços feitos no Parlamento Europeu com vista à criação de um Plano de Saúde Cardiovascular da União Europeia (UE).
“Como saberão, tenho o prazer de ajudar a promover a saúde cardiovascular na UE desde 2019, tanto na qualidade de eurodeputada como de presidente do MEP Heart Group”, apresentou-se Maria da Graça Carvalho. “Uma das minhas prioridades tem sido promover a consciencialização sobre as doenças cardiovasculares, um compromisso que se estende à luta pela melhoria do acesso a cuidados cardiovasculares seguros e acessíveis”.
Este trabalho tem sido realizado nas várias comissões de que Graça Carvalho faz parte, desde a Comissão IMCO, à ITRE ou à FEMM. No Parlamento Europeu, a eurodeputada tem apresentado “legislação sobre acesso ao mercado e segurança para tecnologias/tratamentos médicos” e alertado para a necessidade de um “maior investimento em atividades de investigação científica e inovação no setor da saúde”.
Tem também colocado o seu foco na questão da partilha de dados entre profissionais de saúde, uma medida “absolutamente fundamental para elevarmos a fasquia na prevenção e no tratamento dos doentes”, e ainda na necessidade de se ultrapassarem as “desigualdades de género” nas abordagens a estas doenças, através da “consciencialização das mulheres sobre os sintomas da doença cardiovascular”, que não é apenas “doença de homens”.
“Existe, sem dúvida, muito trabalho a fazer a nível europeu no que respeita às doenças cardiovasculares”, continuou Maria da Graça Carvalho, relembrando que estas são a causa de morte número um a nível mundial, e que “não respeitam fronteiras políticas”. As doenças cardiovasculares são, ainda, a principal causa de incapacidade na UE.
No entanto, “as políticas com impacto real têm sido limitadas” e a UE ainda “não tem uma estratégia” no que concerne a saúde cardiovascular dos seus cidadãos.
“A luta pela saúde cardiovascular é também a luta pela igualdade em toda a União Europeia”, defende a eurodeputada do PSD, e, nesse sentido, “a ação para a saúde cardiovascular deve tornar-se num símbolo não apenas do nosso compromisso de enfrentar a maior ameaça às nossas vidas, mas também de melhorar a forma como vivemos juntos”.
Por isso, Maria da Graça Carvalho, através do MEP Heart Group, colocou em marcha uma campanha para promover a criação de um Plano de Saúde Cardiovascular da União Europeia, de forma a colmatar esta falha a nível europeu. O objetivo deste programa será “assegurar que a saúde cardiovascular seja um direito universal, independentemente do nosso local de origem, o nosso género ou o contexto socioeconómico de onde vimos”.
“A vós, profissionais de saúde que dedicam a vida a salvar as dos outros, não vos direi o que devem ou não fazer. Mas se sentirem que esta é uma causa que vale a pena, e de que precisamos de novas políticas de saúde cardiovascular, peço-lhes que façam chegar esse apelo aos vossos representantes, seja qual for o governo em funções”, conclui a eurodeputada do PSD.