Maria da Graça Carvalho afirmou esta quarta-feira, dia 6 de dezembro, que o setor da Água deve inspirar-se no que tem sido feito na área da Energia a nível europeu, nomeadamente a nível de regulamentação. A eurodeputada do PSD falava no European Forum on the Regulation of Water Services (EFRWS), organizado pela Associação de Reguladores Europeus da Água (WAREG), num painel sobre a Nova Diretiva Europeia de Tratamento das Águas Residuais Urbanas.
Esta nova diretiva, que revê a original, de 1991, com base em avaliações de impacto promovidas pela Comissão Europeia, tem como objetivo proteger a saúde humana e o ambiente dos efeitos de águas residuais urbanas não tratadas. Para isso, traça um conjunto de medidas, que os estados-membros terão de colocar em prática para assegurar que, nas próximas décadas, o tratamento destas águas será mais eficiente e seguro para a biodiversidade.
A eurodeputada do PSD salientou que, devido à magnitude do investimento necessário para colocar em prática esta legislação em alguns dos estados-membros, terá de ser feito um esforço suplementar com o intuito de se criarem formas alternativas de investimento. Para Maria da Graça Carvalho, é necessário que haja um envolvimento de fundos da União Europeia e de outras instituições financeiras do espaço europeu.
O painel, que debateu a sustentabilidade económica e social desta diretiva e o papel que os reguladores económicos podem desempenhar na promoção da eficiência de custos, contou ainda com a participação de Xavier Leflaive, Chefe de Equipa, Resiliência, Adaptação às Alterações Climáticas da OECD; Vania Paccagnan, Economista Sénior da Equipa da Água no Banco Europeu de Investimento; e Oliver Loebel, Secretária-Geral da EurEau. A moderação ficou à responsabilidade de David Alves, Diretor de Assuntos Internacionais da Autoridade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) de Portugal.