Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PPE e copresidente do Intergrupo Parlamentar Investimentos Sustentáveis de Longo Prazo e Indústria Europeia Competitiva, presidiu esta terça-feira, dia 15 de março, à conferência intitulada "EU Taxonomy for sustainable activities: incentivising Europe’s enablers of the green transition".
"Entendemos que o financiamento sustentável está no centro da agenda da União Europeia e as conquistas do Green Deal (Pacto Ecológico Europeu) dependerão muito de uma implementação bem-sucedida das regras dedicadas aos investimentos nos diferentes setores. O Regulamento Taxonomia da UE define indicadores e limites com base científica sobre o que deve ser considerado um produto de investimento verde. Destina-se a fornecer critérios que devem ser tão uniformes quanto possível para aumentar a transparência, consistência e impacto de múltiplos setores e atividades. Desta forma, a taxonomia poderia levar a incentivar fluxos financeiros para setores económicos mais alinhados com as mudanças climáticas e os objetivos ambientais", disse a eurodeputada, que é coordenadora do Grupo do PPE na Comissão Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE) do Parlamento Europeu.
"Considerando os enormes impactos que uma tal classificação tem, fica claro que ela deve ser adequadamente desenhada e implementada. Sabemos como o assunto foi discutido nas diferentes instituições e, na minha opinião, o debate está longe de terminar, especialmente considerando os recentes desenvolvimentos em termos de equilíbrio global de energia e redes de abastecimento, devido aos acontecimentos na Ucrânia", sublinhou no evento, organizado com a Orgalim, representante das indústrias de tecnologia da Europa, que abrange 770 mil empresas dos ramos da tecnologia mecânica, elétrica e eletrónica e metal.