Intervenções Públicas Maria da Graça Carvalho defendeu mais investimento para investigação na área do cancro em webminar da COST
Maria da Graça Carvalho participou esta quinta-feira, dia 28 de janeiro, no webminar "Beating cancer by 2030: mission impossible?", organizado pela COST (European Cooperation in Science and Technology). Este seminário online inclui-se num conjunto de iniciativas em que a eurodeputada participa para assinalar o Dia Mundial de Luta contra o Cancro (4 de fevereiro).
Numa intervenção-vídeo, a deputada do PPE assinalou que a investigação e a inovação são cruciais para construir sociedades saudáveis e resilientes. E sublinhou a necessidade de haver mais investimento nessas áreas para que possa haver esperança num futuro melhor. A crise da Covid-19, lembrou, mostrou que a cooperação entre Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho Europeu é a razão pela qual já existe uma vacina desenvolvida e produzida na Europa.
"70% dos cidadãos querem que a UE faça mais pela saúde. A correlação entre saúde e economia nunca foi tão óbvia como hoje", declarou Maria da Graça Carvalho, apontando a Agência Agência Europeia de Investigação Biomédica, anunciada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, como um bom exemplo, que vai na direção de uma maior cooperação entre instituições, Estados membros e instrumentos de financiamento da UE.
"O cancro, apesar de todos os avanços feitos no campo da sua compreensão, permanece uma das doenças que maior desafio constituem hoje em dia. É a segunda causa mais frequente de morte na Europa e no mundo. 40% os europeus enfrentam, em algum momento das suas vidas, esta doença. Com mais cooperação, mais dados, construiremos um melhor cenário para o futuro", afirmou, na sua mensagem.
O Horizonte Europa, disse, é a ferramenta mais concreta que os europeus têm para aumentar as possibilidades de derrotar esta doença. "A investigação e a inovação na área do cancro podem ser financiadas através de 8,2 mil milhões de euros que a UE atribui ao cluster da Saúde. A remissão do cancro é um objetivo muito ambicioso. Salvar mais de 3 milhões de vidas até 2030. É preciso mais intervenção a nível da prevenção, diagnóstico e tratamento, assegurar um acesso adequado a todas estas dimensões".
A UE tem várias parcerias e, é aí, destacou a ex-ministra da Ciência e Ensino Superior, que o trabalho de organizações como a COST assume grande relevância. "A informação tem que ser parte disto tudo", frisou, acrescentando: "O uso combinado de tecnologias levou, por exemplo, ao tratamento para a Covid-19 em tempo recorde. É preciso um espaço europeu de acesso seguro aos dados na área da Saúde. Nós, decisores políticos, precisamos de refletir sobre tudo isto. É preciso apoiar a educação de profissionais que sejam capazes de lidar com todas estas tecnologias, com todos estes dados, com a Inteligência Artificial". É preciso, concluiu a eurodeputada na sua intervenção, "colmatar o fosso que existe entre resultados de investigação e soluções para o paciente, sem comprometer segurança e eficácia".