Imprensa Tanto mar pode gerar tanto negócio (Diário Económico)

Notícias | 04-11-2013


Apostar em programas especializados que estejam ligados ao desenvolvimento de áreas específicos da economia é uma das tendências das escolas de negócios.

Notícia de MADALENA QUEIRÓS

Os negócios ligados ao mar valem cerca de quatro mil milhões de euros na economia portuguesa, o que representa apenas 3% do PIB. Mas este sector "tem um grande potencial de crescimento, podendo chegar a representar 18% do PIB português", prevê Joaquim Macedo de Sousa da reitoria da Universidade de Aveiro. Para ajudar a promover e rentabilizar este sector de actividade, a AESE - Escola de Direcção e Negócios lançou, em parceria com a Universidade de Aveiro, o programa "Gestão Avançada da Economia do Mar". "Um programa destinado a pessoas que estejam directa ou indirectamente ligados à economia do ¦ mar ", afirma Eduardo Andrade Pereira, responsável pelo programa da AESE. O objectivo é "disponibilizar uma plataforma de excelência na formação, com as habituais competências dos programas de formação em gestão e liderança da AESE, com sessões de enquadramento dedicadas à economia do mar", acrescenta. A 1ª edição do programa já está a decorrer. Mas face ao volume da procura deverá ser lançada uma 2ª edição já no inicio do próximo ano.

O sector tem um exponencial de crescimento que poderá ser apoiado com fundos comunitários. Por sugestão da eurodeputada portuguesa Maria da Graça Carvalho, o novo programa de fundos comunitários para a ciência "Horizonte 2020" tem uma linha de financiamento específica para este sector". Também "o Plano de Acção da Estratégia do Atlântico, que disponibiliza 3,8 mil milhões de euros de financiamento destinados aos cinco países da bacia do Atlântico, além de um novo fundo de financiamento privado em que o Governo está a trabalhar para ajudar as empresas a lançar novos projectos para o mar", são alguns dos meios disponíveis, afirma Joaquim Macedo de Sousa da Universidade de Aveiro. Mas o que falta para que Portugal deixe de estar de costas voltadas para o mar? "Faltam iniciativas como este curso que levem os empresários a desenvolver as suas capacidades de gestão e liderança", responde. Para este docente é habitual em países como os Estados Unidos "ver escolas de negócios apostadas em desenvolver áreas em que haja um clara ligação das 'business school' aos sectores que podem desenvolver o crescimento económico". Atrair alunos internacionais poderá ser o próximo passo deste programa, diz o responsável da AESE.

A aposta no método de estudo do caso, uma das marcas da AESE, poderá ajudar a lançar ideias em aula que conduzirão à criação de novos sectores de actividade. Para Eduardo Andrade Pereira, um dos objectivos é que do curso possam "sair novas ideias, novos projectos e novos negócios". E quem sabe produzir estudos de caso no futuro para todas as escolas do mundo.

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