Imprensa Maria da Graça Carvalho: “Existe muito a fazer até se chegar ao Portugal que Sá Carneiro sonhava”

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro (IFSC), participou no podcast do Expresso Liberdade para Pensar, num episódio dedicado ao ano de 1980. Falou sobre as características políticas de Sá Carneiro, as suas iniciativas e os desafios que este encontrou como líder do PSD e Primeiro-ministro de Portugal.

Para a presidente do IFSC, Sá Carneiro era um político “sem tacticismos” e “corajoso”, que trouxe para a política portuguesa um conjunto de ideias de grande importância para o país. Como fundador do PPD/PSD, foi um líder que “marcou o partido, nomeadamente do ponto de vista político”, criando a sua matriz ideológica, mas também “uma forma de estar” muito própria, de um partido que não foge à luta de ideias, e que olha a governação sempre com o foco “nas próximas gerações, e não nas próximas eleições”.

“Foi um líder que nos deixou muito cedo, mas é uma pessoa que é muito consensual. É uma pessoa de que todos os militantes e simpatizantes gostam. Pensa-se sempre como teria sido [Portugal] se não tivesse havido a fatalidade”, afirma Maria da Graça Carvalho.

Uma liderança como a de Sá Carneiro é cada vez mais necessária. Para a eurodeputada, neste momento Portugal está a “perder tempo”. “Este é um período em que há financiamento europeu que não se vai repetir. E nós estamos a desperdiçá-lo, porque não estamos a aplicá-lo de forma que modernize o país. Estamos a distribuí-lo, estamos a gastá-lo, mas não a usá-lo para modernizar, libertar o país, torná-lo mais competitivo e trazer mais poder de compra para as pessoas”, considera Maria da Graça Carvalho.

Sá Carneiro tinha um projeto para o país, de uma “social-democracia baseada no Humanismo”. Hoje continua a haver “muito a fazer até se chegar ao Portugal que Sá Carneiro sonhava”.

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