Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e membro das Comissões ITRE e IMCO, deu uma entrevista à EHI – European Heating Industry, na qual defendeu a necessidade de mais inovação e da criação de conhecimento na área da Energia, assim como uma maior atração de mulheres para as áreas da Engenharia, especialmente da Engenharia Mecânica.
Grande parte dos equipamentos de energia usados pelos consumidores da União Europeia (UE) são produzidos na Europa. Questionada sobre se a transição energética e industrial pode constituir uma ameaça à competitividade europeia, a eurodeputada frisou que não defende uma política protecionista, e que o caminho da UE para continuar competitiva deverá passar por legislação mais simples e menos burocrática, assim como por um maior investimento nas competências dos recursos humanos destas áreas estratégicas.
Maria da Graça Carvalho apontou ainda que este investimento nas competências passa por se mostrar “a beleza da Engenharia“ àqueles que nela ingressam, porque por vezes estes têm a impressão errada do que é a Engenharia. O caminho da retenção de talento passa, então, por criar modelos para os mais jovens, a partir de iniciativas nas escolas e de informação nos media, e ainda por mostrar como estas podem beneficiar a sociedade, pois as novas gerações tendem a escolher profissões em que sintam que têm um papel na sociedade e no futuro da humanidade.
Esta necessidade de comunicar é particularmente premente no caso da atração de mulheres para estas áreas. As mulheres continuam sub-representadas nas Engenharias, especialmente nas que traçarão o futuro da UE: a energia e o digital. Para combater este problema, Maria da Graça Carvalho trabalhou recentemente num relatório, na Comissão FEMM, que visa estabelecer medidas a ser implementadas pelos media, instituição e governos, entre outros, de modo a aumentar a representação das mulheres em áreas da economia digital.
Na concretização deste objetivo, todos somos responsáveis, desde os media, ao sector público e ao sector privado.