Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e membro da Comissão FEMM do Parlamento Europeu, apelou, no programa Eurodeputados da RTP, a que se exerça “tolerância zero” no combate à violência contra as mulheres. Neste episódio, transmitido a 10 de março, foram discutidos assuntos como a violência no namoro e a proteção pública e social das vítimas de violência, numa edição que contou ainda com a participação de Maria Manuel Leitão Marques, José Gusmão, Sandra Pereira e Nuno Melo.
A eurodeputada do PSD evidenciou que “em Portugal, e em geral um pouco pela Europa, ainda há uma certa condescendência” face à violência contra as mulheres. Isto porque está ainda muito presente a ideia de que as pessoas não se devem intrometer em alguns dos casos de violência, por acontecerem “dentro do namoro, ou dentro do casal”, preconceção que explica porque é que muitos dos cidadãos “veem a violência a acontecer e não reagem”.
Também em termos legislativos existe ainda muito caminho a ser traçado. Apesar de existir legislação consolidada observa-se que, por exemplo, “não são assim tantos os casos em que que as penas são efetivas na violência doméstica”, apesar da sua incidência, o que demonstra também uma “condescendência de todo o sistema”, algo que “devemos corrigir”.
Quanto às soluções para estes problemas, Maria da Graça Carvalho salientou que está convicta de que, a médio longo prazo, o “facto de termos mulheres capacitadas, com igualdade de oportunidades no mercado de trabalho”, facilitando a sua obtenção de independência financeira, será um fator importante no combate à violência contra as mulheres.
No entanto, devido às dificuldades encontradas no combate a este problema, os Estados e a área social têm de agir também a curto prazo, de forma a estancarem as suas consequências. Deve-se assim atuar no sentido de “proteger os mais frágeis e as mulheres nessas condições”, que necessitam dessa ajuda, providenciando abrigo e apoio psicológico célere.
No combate à violência contra as mulheres, existe o “papel da família”, mas também outros papéis, como “o papel da escola” e o “papel da sociedade”. Todos devemos agir, socialmente, pois “não podemos assistir impávidos” a estes entraves. “Tem de haver tolerância zero para todo o tipo de violência contra as mulheres”, conclui a eurodeputada.
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