PSD nas mãos de Diogo Feio Não, o eurodeputado do CDS/PP não trocou as voltas ao presidente do seu partido, antecipando-se na materialização do que dizem ser o sonho de Paulo Portas de um dia tomar conta da direita portuguesa.
Não se trata "do", mas sim "da" PSD, a sigla inglesa para uma diretiva europeia sobre serviços de pagamento. A revisão do documento começa agora a ser discutida ao nível europeu e Diogo Feio será responsável pela elaboração do relatório que determinará a posição do Parlamento Europeu neste processo.
Oposição sobre rodas Sexta-feira da semana passada, dia da votação na generalidade do Orçamento do Estado. À porta da Assembleia da República vai o caos, provocado pelos manifestantes da CGTP. Em cima da hora para a sessão plenária, o socialista João Galamba não resiste à infração e acelera com a sua moto passeio afora.
Nas barbas dos agentes da PSP que, quando percebem estar perante um deputado da nação, mordem o lábio e não chegam a tirar do bolso o caderninho das multas.
O oráculo do PS Ascenso Simões, antigo governante do PS, mantém-se afastado das lides políticas ativas mas revela continuar muito atento ao que se passa. E entretém-se a fazer de oráculo socialista. Ainda esta semana lançou o nome de José Sócrates como possível candidato socialista às eleições europeias de maio do ano que vem (e Gente lembra que já há nove anos Ascenso se lembrara de falar do nome de Sousa Franco, pouco depois falecido, como possível candidato presidencial socialista). Será que José Sócrates quererá beneficiar do favor do voto popular já para o ano ou tal tarefa será uma "tortura" para o ex-primeiro-ministro?
Futebol ou comentário político? A última terça-feira foi noite de Liga dos Campeões e a TVI24, com uma emissão especial sobre os jogos dos melhores da Europa, decidiu congelar o comentário habitual das terças-feiras de Augusto Santos Silva. Escolheu os pontapés na bola em vez dos pontapés no Governo. Com fairplay e humor, e a habitual ponta de ironia, o antigo ministro socialista comentava no Facebook estar "certo de que nenhum lance ficará por escrutinar" perante tantas horas de emissão dedicadas ao desporto-rei.
O 25 de abril de Portas A noite das últimas eleições autárquicas foi histórica para o líder do CDS. Além de ver o seu partido deixar de ser irrelevante no número de câmaras municipais (conseguiu o penta - cinco presidências de câmara), Paulo Portas decidiu começar a usar um iPhone de última geração, dizendo a quem o rodeia que o momento foi o seu... "25 de Abril". Depois de ter aprendido a enviar em SMS em 2005 (quando dedicou a liderança do CDS para Ribeiro e Castro), Paulo Portas está agora fascinado com o novo gadget da Apple.
Perante tal evolução, Gente não resiste a dizer que qualquer dia o líder do CDS comete a loucura de aprender a escrever e-mails sozinho...
Vice-primeiro quê? Além de ter provocado um histórico atraso numa receção no Consulado de Portugal em Macau, onde esteve na última semana, Paulo Portas provocou muitos embaraços nos discursos oficiais. Ao fim de alguns meses, ainda ninguém acerta com o seu novo cargo. Umas vezes é vice-ministro, outras primeiro-ministro, outras ministro de Estado...
Poiares, o turbo-comissário Um dos cargos mais apetecidos na política portuguesa é o de próximo comissário europeu (já se falou de Gaspar, de Maria Luís, de Maria da Graça Carvalho e até de Paulo Portas). A simples ideia de que Miguel Poiares Maduro podia ser o nome escolhido por Pedro Passos Coelho deixou boa parte do PSD e do CDS em estado de choque. O comentário mais ouvido é este: "Como é que alguém com seis meses de experiência política pode ser comissário?" A luta pelo cargo promete aquecer até às europeias.
Moreira superstar A recente eleição de Rui Moreira para liderar a Câmara Municipal do Porto captou a atenção do poderoso "The New York Times", que ainda esta semana dizia, na sua edição online, que a eleição deste outsider dá aos portugueses razões para terem esperança e otimismo no futuro, perante a descrença que os políticos despertam.
Mais um presidenciável? "Neste momento tal hipótese não me passa sequer pela cabeça", garante António Guterres a Adelino Cunha (autor de obras sobre Cunhal e Cavaco), responsável pela biografia do ex-primeiro-ministro e atual alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados. A obra, dada à estampa pela Aletheia, é lançada na próxima semana em Lisboa, e conta com a apresentação de António Reis (maçom, ex-deputado do PS e, como a biografia relata, o responsável pela entrada de Guterres no PS) e Vítor Melícias (padre que sempre acompanhou Guterres. e que celebrou os seus dois casamentos). As mais de 600 páginas mostram como Guterres construiu, passo a passo, uma carreira política de sucesso. Fica por se saber se o apelo de Belém será mais forte...