Superior: Não compensa aumentar propinas
“O aumento das propinas implica um aumento da despesa pública com a ação social. Portugal está muito próximo do ponto em que o aumento da propina não compensa a despesa do Estado com a ação social”, afirmou Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência e Ensino Superior de Durão Darroso.
As declarações da eurodeputada foram efetuadas durante o debate ‘Ensino Superior em Portugal, que futuro?’, organizado pelas universidades de Lisboa e Técnica de Lisboa. Em causa está a proposta do Fundo Monetário Internacional (FMI) no relatório encomendado pelo Governo de Pedro Passos Coelho, com medidas que permitam um corte na despesa pública na ordem dos 4 mil milhões de euros.
Para a atual eurodeputada, o relatório é pouco rigoroso no que diz respeito ao Ensino Superior: “Compara Portugal com outros países da União Europeia, mas nas propinas não compara com ninguém. Nem podia. Portugal é um dos países com a propina mais cara da Europa”.
Opinião diferente tem Pinto Paixão, secretário de Estado no mesmo Governo de Durão Barroso, que defende o aumento do valor da propina máxima: “Defendo que se aumente a propina, não como fonte de financiamento, mas para permitir uma maior flexibilização da gestão interna. Ao aumentar a propina máxima, numa diferenciação em função do curso, damos oportunidade a que as universidades tenham um sistema interno de bolsas de apoio”.
Notícia de André Pereira.