Imprensa Maria da Graça Carvalho promove igualdade de género na Economia Digital

Notícias | 29-01-2021 in Vida Económica
O Parlamento Europeu aprovou há dias por ampla margem, em votação realizada na sessão plenária, o relatório da eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho: “Colmatar o fosso digital entre homens e mulheres – participação das mulheres na economia digital”, no qual são apresentadas diferentes propostas, da educação ao mercado de trabalho e aos “media” e para que sejam ultrapassadas as atuais assimetrias de género no acesso às  chamadas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC).
 
No relatório, a antiga ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior identifica as principais causas, nomeadamente culturais, para o menor envolvimento das mulheres nas TIC, que levam a que estas representem apenas 17% dos inscritos em cursos e uma percentagem semelhante dos profissionais do setor na União Europeia. É igualmente explicado que, mesmo entre as mulheres que optam por estas vias, muitas acabam por abandoná-las, tanto enquanto estudantes como trabalhadoras, num fenómeno conhecido por “leaky pipeline”.
Na sua intervenção, Maria da Graça Carvalho, que é membro da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros, começou por sublinhar que esta é “uma questão de justiça social” para as mulheres. “A desigualdade no digital aumenta o fosso salarial, com consequências negativas também nas reformas, sendo que um dos grandes problemas dos nossos dias são os baixos rendimentos das mulheres aposentadas”, referiu.

“Está em causa a competitividade da economia europeia”

Por outro lado, frisou, “está em causa a competitividade da economia europeia, cuja principal barreira é a falta de profissionais nas novas tecnologias, em particular nas tecnologias digitais. Uma enorme bolsa de talento, criatividade, competência e capacidade de inovação está a ser desperdiçada”.
Constatando que estes números são em larga medida influenciados por estereótipos que levam a que muitas mulheres se sintam ainda deslocadas no meio das TIC, a eurodeputada propõe desde logo que sejam adotadas medidas de natureza pedagógica. A começar nos primeiros anos de escolaridade, através do desenvolvimento de conteúdos mais apelativos para as raparigas e a apresentação de casos de sucesso de mulheres do setor, e prosseguindo em incentivos para que os média e o setor cultural repensem a representação que é feita da relação das mulheres com o digital.

Apoios a projetos liderados por mulheres

São igualmente defendidas medidas concretas para promover a maior inclusão e valorização das mulheres no setor. Mobilizando “a Comissão Europeia e os Estados-Membros para que criem programas de empreendedorismo e financiamento para projetos no setor das TIC dirigidos às mulheres”, garantindo que “a diversidade de género seja tida em conta no financiamento de ações apoiadas pelo quadro financeiro plurianual e pelo plano de recuperação” e ainda “incentivando as empresas e outras instituições na área das TIC a criarem condições para melhorar a progressão na carreira das suas profissionais”.
Atenção, o seu browser está desactualizado.
Para ter uma boa experiência de navegação recomendamos que utilize uma versão actualizada do Chrome, Firefox, Safari, Opera ou Internet Explorer.