O futuro fundo europeu de recuperação económica deverá apoiar alguns setores específicos como o turismo, a aviação ou a indústria automóvel.
A indicação foi dada esta sexta-feira pelo vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, numa resposta à eurodeputada Maria da Graça Carvalho na comissão de Indústria, Investigação e Energia.
O vice-presidente do executivo comunitário foi questionado sobre o processo de acesso às futuras verbas no sentido de “combater a burocracia e simplificar procedimentos”, de acordo com uma nota do gabinete da parlamentar portuguesa, eleita pelo PSD.
Questionado sobre os setores que o fundo de recuperação poderá apoiar, Dombrovskis nomeou alguns, como o turismo, a aviação ou a indústria automóvel, mas sublinhou também o caráter transversal do impacto sentido, revelando que quando a proposta detalhada do Fundo for apresentada pela Comissão, “no final deste mês”, a mesma incluirá “uma avaliação por setores”, acrescenta a nota do gabinete de Graça Carvalho.
Em causa está um fundo de recuperação, que de acordo com o presidente do Eurogrupo Mário Centeno, terá “doze zeros”, apontando-se para um pacote a ultrapassar os dois biliões de euros. O apoio aos países membros poderá ser feito através de subvenções (a fundo perdido) ou empréstimos.
A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira que vai adotar e apresentar no dia 27 de maio as suas propostas do orçamento plurianual da União Europeia para 2021-2027 e do fundo de recuperação da economia europeia no quadro da crise pandémica.
“Tenho finalmente notícias para todos os que nos têm perguntado há já bastante tempo sobre quando é que adotaríamos as nossas propostas sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o instrumento de recuperação: a Comissão planeia agora adotar a sua proposta no dia 27 de maio”, anunciou hoje o porta-voz do executivo comunitário, Eric Mamer.