A eurodeputada do PSD, Maria da Graça Carvalho, foi nomeada relatora da posição do Parlamento Europeu sobre a nova geração de parcerias europeias, no âmbito do programa-quadro Horizonte Europa. Em causa está um conjunto de nove parcerias público-privadas, abrangendo áreas tão distintas como a aviação limpa, o hidrogénio, a economia circular para o ambiente, a ferrovia, os medicamentos inovadores e saúde global, agregadas num único relatório, e ainda uma parceria específica pública-pública referentes a sistemas de medida.
Recorde-se que Maria da Graça Carvalho já tinha sido recentemente nomeada relatora da parceria europeia sobre computação de alto desempenho (HPC), um projeto que contempla a instalação em Portugal de um dos novos supercomputadores europeus, passando assim a assumir a responsabilidade de defender a posição do Parlamento Europeu num leque muito alargado de iniciativas, com grande peso no programa-quadro dedicado à investigação científica e à inovação.
Em conjunto com as chamadas “missões”, as parcerias representam cerca de 30% do orçamento do Horizonte Europa, o qual contempla investimentos totais de 95,5 mil milhões de euros entre 2021 e 2027.
Para a eurodeputada, esta nomeação representa “um enorme voto de confiança que me é dado pela Comissão da Indústria, Investigação e Energia do Parlamento Europeu, onde sou vice-coordenadora do grupo do Partido Popular Europeu, mas também uma grande responsabilidade. As parcerias serão importantíssimas para a concretização das metas europeias em áreas como o clima, a digitalização e a saúde”, refere, sublinhando ainda “o papel muito importante que terão na transição industrial da União Europeia”.
Como relatora, explica, “a prioridade será assegurar maior simplicidade, maior abertura, regras mais simples e mais sinergias com outros fundos, como o Plano de Recuperação Next Generation Europe e os fundos regionais. Precisamos de estabelecer prioridades a nível europeu nas diferentes áreas que depois se refletem nos planos nacionais e regionais”, sustenta. “Para isso precisamos de combater as barreiras burocráticas e de promover a articulação entre os diferentes programas”.
Em relação a Portugal, Maria da Graça Carvalho recorda que, “apesar de o país ter feito globalmente uma evolução muito significativa na sua participação no anterior programa-quadro, o Horizonte 2020, o seu envolvimento nas parcerias europeias foi ainda muito limitado”, fazendo por isso votos de que “essa participação possa ser significativamente reforçada neste programa-quadro, porque isso seria uma boa notícia para Portugal e, em particular, para a indústria nacional”.