Maria da Graça Carvalho acredita que em Portugal “o Estado é mau pagador” e que tem passado impune quanto ao incumprimento das datas de pagamento às Pequenas e Médias Empresas (PME). A eurodeputada do PSD alertou que esta prática leva ao ressentimento destas empresas, que representam mais de 99% do tecido empresarial.
O alerta foi dado num debate sobre o novo pacote de ajuda às PMEs, que a eurodeputada saudou, pedindo que seja “rapidamente adotado”. Maria da Graça Carvalho destacou a importância das ações relacionadas com os incentivos fiscais, com a melhoria do acesso ao financiamento e com a mão-de-obra qualificada que este novo pacote apresenta. Mas, disse, o mais importante e essencial é o “regulamento destinado a combater os atrasos nos pagamentos às PME”, pois estas empresas sofrem intensamente com estes atrasos.
“O limite apontado nesta proposta, de 30 dias, é ambicioso face à realidade atual, em que facilmente se atingem os 200 dias de atraso. Mas é também possível de alcançar e necessário”, afirmou a eurodeputada. “É fundamental que as penalizações sejam suficientes para dissuadir os incumpridores. Em especial as grandes empresas e o próprio Estado”, defendeu.
Maria da Graça Carvalho tem sido uma acérrima defensora das PME no seu trabalho no Parlamento Europeu, pois acredita que a União Europeia (UE) só poderá ser competitiva a nível internacional se aumentar o apoio a estas empresas. Neste sentido, lutou para que fosse incluído no novo regulamento de dados da UE (Data Act), de que foi negociadora pelo PPE, uma abertura da economia dos dados às PME, para que estas empresas possam também ter acesso às novas tecnologias, investir e inovar.