Eurodeputada social-democrata diz que muitas das medidas do documento «podem ser imediatamente concretizadas»
O actual Programa Quadro de Investigação, que regula o financiamento comunitário em investigação, já vai beneficiar da simplificação de regras que o Parlamento Europeu deverá aprovar em Outubro e que foram discutidas esta quarta-feira em Bruxelas.
A eurodeputada social-democrata, Maria da Graça Carvalho, relatora do processo de definição das regras de participação nos programas de ciência e inovação europeus, manifestou a convicção de que muitas das medidas do documento «podem ser imediatamente concretizadas», assim que este for aprovado.
A sessão promovida esta quarta-feira pelo Partido Popular Europeu (PPE), no qual se integra o PSD, pretendeu fazer uma súmula da discussão pública que a eurodeputada abriu para recolher contributos para o relatório e evidenciou as diferentes exigências e necessidades consoante a posição dos actores, escreve a Lusa.
Enquanto as universidades reclamam um financiamento baseado numa «maior confiança» institucional e uma maior tolerância ao risco, já os centros de investigação colocam a tónica num menor peso burocrático de procedimentos e as empresas na necessidade e de uma maior «agilidade» e prazos mais curtos entre a apresentação da ideia e a concretização do projecto.
Trazer as empresas, sobretudo as de pequena e média dimensão, ao investimento em ciência e inovação é uma preocupação assinalada pelo PPE, tendo a deputada Angelika Niebler, que presidiu a uma das mesas, alertado para o facto de as PME se terem afastado desta área nos anterior e actual quadros comunitários, respectivamente, sexto e sétimo.
Maria da Graça Carvalho sublinhou que a simplificação das regras proposta no relatório vai tornar possível uma maior participação das PME, europeias e portuguesas: «não há razão nenhuma, com a simplificação, para as PME não conseguirem concorrer».