A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho questionou nesta segunda-feira o presidente do Conselho Europeu de Investigação (ERC), Jean-Pierre Bourgignon, sobre os riscos associados a uma eventual taxa de sucesso muito baixa entre os candidatos às bolsas concedidas a investigadores por esta instituição.
Em causa estão os cortes aprovados pelo Conselho Europeu, face ao que eram as propostas da Comissão Europeia, no próximo programa-quadro da Ciência e Inovação, o Horizonte Europa, do qual o ERC é parte integrante. Um corte que sucede num momento em que se regista um aumento significativo nas candidaturas a estas bolsas.
Outro tema suscitado pela deputada portuguesa, durante uma audiência de Bourgignon pela Comissão ITRE, foi a possibilidade de, no futuro, ser promovida uma distribuição mais harmonizada das bolsas na Europa, tendo em conta que parte significativa destas estão atualmente concentradas num lote restrito de países.
Na sua intervenção, o presidente do ERC confessou que a agência está “furiosa” com os valores aprovados em julho para a Ciência e Inovação pelo Conselho. Valores que, refira-se, poderão ainda ser vetados pelo Parlamento Europeu, que já deu início a negociações sobre os orçamentos com a Presidência alemã da União Europeia.