Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e relatora-principal do Regulamento de Proteção da União Contra a Manipulação do Mercado Grossista da Energia (REMIT), apresentou esta terça-feira, dia 23 de maio, na Comissão ITRE, as emendas a este relatório, que se revela de extrema importância num momento em que se debate o novo desenho do mercado elétrico europeu.
A eurodeputada começou por relembrar que o REMIT “visa prevenir e combater más-práticas”, tais como o “insider trading” e a “manipulação do mercado”. É, por isso, um “instrumento legal muito importante para assegurar a transparência, competitividade e estabilidade dos mercados de energia da União Europeia”.
Nesse sentido, Maria da Graça Carvalho propôs emendas ao relatório que incidem em três eixos orientadores: maior Coerência Legislativa e Transparência; um Reforço da Dimensão Europeia; e um Reforço do Mercado de Energia.
No que concerne a Coerência Legislativa e Transparência, pretende-se conseguir “mais clareza” no regulamento, alinhando-o com a legislação da União Europeia. Com este objetivo, foram incluídas no relatório um conjunto de emendas, tais como:
No que respeita o Reforço da Dimensão Europeia, pretende-se reforçar os poderes das instituições europeias, promovendo melhor troca de informação e reforçando os seus papeis. Para isto, foram incluídas várias emendas:
Por fim, no que se refere ao Reforço do Mercado de Energia, foram incluídas emendas com vista a potencializar este mercado, ao se assegurar acesso e a investimento, tais como:
“Numa nota final”, concluiu a eurodeputada, “foi introduzida uma emenda pedindo à Comissão Europeia que faça uma avaliação do Regulamento, no máximo até junho de 2027”. Na opinião de Maria da Graça Carvalho, nesta avaliação, a Comissão deve prestar especial atenção “aos impactos no comportamento do mercado, aos participantes do mercado, à liquidez, aos requisitos de informação e ao nível de carga administrativa para os participantes”.