Maria da Graça Carvalho, juntamente com outros eurodeputados de vários grupos políticos e países, co-assinou uma carta dirigida aos Comissários Phil Hogan (para o Comércio), Thierry Breton (para o Mercado Interno), Maroš Šefčovič (Vice-presidente para as Relações Interinstitucionais e Prospetiva) e Frans Timmermans (Vice-presidente executivo do European Green Deal) exprimindo a sua preocupação relativa à dependência da União Europeia de países terceiros em relação a matérias-primas essenciais, reveladas pela crise criada pela Covid-19 que provocou interrupções problemáticas nas cadeias de abastecimento. Os eurodeputados manifestam especial apreensão no que diz respeito às matérias-primas necessárias para alcançar o objetivo de neutralidade climática e a transição digital, por serem cada vez mais provenientes de fora da União Europeia e gerarem importações intensivas em carbono.
Na carta, os membros do Parlamento Europeu referem que a Autonomia Estratégica Aberta deve estar no centro da ambiciosa "Next Generation EU" e da revisão da política comercial europeia iniciada a16 de junho de 2020. Assim, apelam à Comissão Europeia que apresente uma agenda ousada para todas as matérias-primas necessárias para alcançar a neutralidade climática e a transição digital, que equilibre a necessidade de resiliência do abastecimento, defendendo simultaneamente o comércio multilateral, livre e justo.
Os eurodeputados concluem reconhecendo que o processo de reestruturação das cadeias de aprovisionamento será provavelmente complexo e necessitará de uma base de apoio significativa, mas defendem que os importantes benefícios da Autonomia Estratégica Aberta permitirão reposicionar a União Europeia enquanto ator geopolítico.