Numa intervenção em Plenário, Maria da Graça Carvalho partilhou a sua preocupação com o financiamento do Regulamento dos Circuitos Integrados. Para a eurodeputada do PSD, “contar com verbas não executadas”, como as do programa-quadro de investigação científica e inovação, o Horizonte Europa, é “muito pouco para as metas que assumimos”.
A intervenção foi realizada no decorrer de um debate sobre o Regulamento dos Circuitos Integrados, que pretende reduzir a dependência da União Europeia (UE), no que respeita aos microprocessadores, e garantir a segurança do seu abastecimento. O debate acelerou no início deste ano, quando o Conselho e o Parlamento Europeu chegaram a acordo político, no rescaldo de várias perturbações nas cadeias de abastecimento.
Maria da Graça Carvalho considera que este é um documento “bem estruturado”, que “identifica as estratégias a aplicar em todos os patamares da cadeia de valor, desde o reforço das competências até à capacitação da indústria”. Esta definição estratégica é muito importante, pois a “investigação científica de excelência” realizada em terreno europeu “não se tem traduzido em capacidade industrial neste domínio”.
“Temos uma quota de 10% no mercado mundial dos circuitos integrados, valor claramente reduzido para a dimensão do conjunto das economias europeias”, referiu Maria da Graça Carvalho. “Este Regulamento dos Circuitos Integrados procura responder a essa realidade, assumindo o objetivo ambicioso de duplicar a quota da União Europeia neste mercado até 2030”, concluiu a eurodeputada do PPE.