Maria da Graça Carvalho afirmou esta terça-feira, dia 12 de dezembro, em Plenário, que o governo português falhou na estratégia adotada em relação à exploração de lítio, tendo realizado uma estratégia opaca e à revelia dos interesses públicas. A eurodeputada do PSD falava numa sessão plenária dedicada ao Critical Raw Materials Act, a proposta para um quadro europeu que garanta o aprovisionamento seguro e sustentável de matérias-primas críticas.
“Ao nível dos Estados-Membros, é fundamental que os processos de exploração sejam conduzidos de forma transparente, envolvendo as autarquias, as populações, o tecido social e empresarial, nas decisões que são tomadas”, afirmou Maria da Graça Carvalho. “Infelizmente, em Portugal o governo em funções optou por uma estratégia opaca em relação à exploração do lítio. E as consequências, como seria de prever, foram muito negativas. Não se defende o interesse público agindo à revelia desse mesmo público”.
A eurodeputada do PSD pediu ainda que se removam as atuais barreiras burocráticas à atividade mineira e que se garantam mecanismos para que esta se desenvolva de forma responsável e sustentável. Para Maria da Graça Carvalho, a redução da dependência externa da EU nesta matéria é fundamental para um futuro mais seguro e sustentável para os europeus.
“Precisamos de aproveitar os recursos que temos, removendo barreiras burocráticas a uma atividade mineira que seja responsável e sustentável. Este ato sobre as matérias-primas críticas é um passo no sentido certo”, afirmou a eurodeputada. “A dependência externa da União Europeia nas matérias-primas críticas é um obstáculo ao nosso futuro”.
Maria da Graça Carvalho já alertou várias vezes para a necessidade de se apostar numa política de abastecimento de matérias-primas a nível europeu. Em anteriores debates sobre este dossiê, defendeu uma apostar na investigação científica e na inovação, para o desenvolvimento de tecnologias que assegurem um menor impacto ambiental.