Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD, alertou em Plenário esta terça-feira, dia 14 de fevereiro, que não se deve “impor um único caminho” para a redução das emissões de dióxido de carbono. A eurodeputada defendeu que as decisões com vista a este objetivo devem ser feitas com base em “evidências, envolvendo investigadores e especialistas”.
A tomada de posição foi realizada na sequência de um debate sobre uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu que propõe a proibição de novos carros com motores de combustão interna a partir de 2035. O regulamento alicerça esta proibição no objetivo de reforçar as normas de desempenho em matéria de emissões de CO2 dos automóveis novos de passageiros e dos veículos comerciais ligeiros novos.
“Esta proposta pede-nos para decidirmos hoje, com base no conhecimento atual, que tecnologia será utilizada no futuro”, frisou a eurodeputada. Salientou então que esta “não é a linha de atuação correta”. A temática da redução de emissões de dióxido de carbono é premente e “o PPE seguramente quer encontrar as melhores soluções para reduzir as emissões de dióxido de carbono”, mas isso deve ser feito a partir de um “processo baseado em evidências, envolvendo investigadores e especialistas”.
“É perigoso escolher certas tecnologias em detrimento de outras por razões políticas”, defendeu Maria da Graça de Carvalho, frisando que “a neutralidade tecnológica é o caminho para alcançar a neutralidade climática”.