Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e membro suplente da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO), congratulou-se esta terça-feira, durante um debate no plenário de Estrasburgo, com o entendimento conseguido quanto à aprovação de um carregador comum para aparelhos eletrónicos na União Europeia. A nova lei foi aprovada por 602 votos a favor, 13 contra e oito abstenções.
"Temos Carregador! Um carregador universal, para os telemóveis e todos os dispositivos eletrónicos de pequena e média dimensão. Tablets, câmaras digitais e consolas de jogos. Auscultadores, auriculares e altifalantes portáteis. Ratos, teclados sem fios e sistemas de navegação. Parece simples! Mas há mais de dez anos que o Parlamento Europeu, e a Comissão IMCO (Mercado Interno e Proteção dos Consumidores) em particular, insistiam junto da Comissão Europeia e dos operadores de mercado para que fosse dado este passo. Atingimos os objetivos assumidos", disse a eurodeputada, membro do Grupo do Partido Popular Europeu no Parlamento Europeu.
Em seu entender este é um bom exemplo de medidas que a União Europeia pode tomar para proteger os consumidores e o ambiente. Com isto, sublinhou, "ganham os consumidores, que poupam dinheiro e veem as suas vidas facilitadas. Ganha o meio ambiente, com a redução do volume de resíduos eletrónicos associado ao fabrico, transporte e eliminação de carregadores. Este é também um exemplo do papel regulador da União Europeia. Sem a nossa ação conjunta, esta fragmentação do mercado, este desperdício sem sentido, continuariam a existir".
A proposta de um carregador comum foi apresentada pela Comissão Europeia a 23 de setembro de 2021. Tal proposta surgiu mais de um ano depois de o Parlamento Europeu ter aprovado, a 30 de janeiro de 2020, uma proposta de resolução pressionando precisamente a Comissão a impor um carregador comum para telemóveis sem mais demoras. Entre os autores desta resolução esteve, pelo Grupo do Partido Popular Europeu, a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior Maria da Graça Carvalho. “A situação atual produz um enorme volume de lixo eletrónico completamente desnecessário que se estima ascender a 50 mil toneladas de carregadores obsoletos por ano”, afirmou, na altura, a eurodeputada portuguesa.