Maria da Graça Carvalho participou esta quinta-feira, dia 4 de março, num painel sobre a necessidade de pôr fim aos estereótipos e à exclusão na área das tecnologias na #EUDigitalManifesto Conference.
Na ocasião, a eurodeputada do PPE apresentou as principais conclusões do seu relatório "Colmatar o fosso digital entre homens e mulheres: participação das mulheres na economia digital", aprovado em janeiro pelo Parlamento Europeu:
1 - Existe um número de razões culturais que levam as raparigas a evitar escolher as áreas das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), pois não as encaram como áreas de carreira viáveis. Os estereótipos de género constituem o principal fator desta realidade; é frequente os estereótipos associarem capacidades intelectuais elevadas mais aos homens do que às mulheres. Esses estereótipos influenciam os interesses das crianças desde tenra idade, especialmente as raparigas;
2. Por outro lado, muitas das que decidem seguir o caminho profissional na área das TIC acabam por desistir a certa altura, quer seja como estudantes ou como profissionais. É, por isso, necessário encorajar a participação das mulheres em profissões de elevada capacidade técnica, ultrapassando as barreiras educacionais desde muito cedo, mas também as barreiras profissionais, garantindo, ao mesmo tempo, uma aprendizagem ao longo da vida para as mulheres no setor do digital.
"Acredito que ao eliminar o fosso de género iremos gerar prosperidade a todos os níveis - a perda anual de produtividade para a economia europeia, pelo facto de as mulheres não perdurarem na área do digital, está estimado em 16,1 mil milhões de euros. Iremos garantir justiça e igualdade social - no futuro, mais de 90% dos empregos vão exigir um qualquer nível de literacia digital e de e-capacidades. As mulheres não podem ser deixadas para trás", afirmou Maria da Graça Carvalho na #EUDigitalManifesto Conference.