Manifesto a minha solidariedade para com o povo egípcio e felicito a sua coragem e determinação, nomeadamente por parte das gerações mais jovens, na luta pelas suas legítimas aspirações democráticas.
Condeno a violência e o recurso desproporcionado à força contra os manifestantes, lamento profundamente o elevado número de mortos e feridos e apresento os meus sentidos pêsames aos familiares das vítimas.
Há que encetar um diálogo que conte com a participação de todas as forças políticas e sociais que respeitam a democracia, o Estado de Direito, os direitos humanos e as liberdades fundamentais. Estes são princípios fundamentais da UE e constituem uma base comum para o desenvolvimento da zona euro-mediterrânica;
Apelo à abertura de um inquérito independente aos incidentes que provocaram mortos, feridos e detenções, na esperança de que os responsáveis por tais actos sejam julgados.
Apelo à libertação imediata e incondicional de todos os manifestantes pacíficos, prisioneiros de opinião, defensores dos direitos humanos egípcios e internacionais, bem como dos jornalistas e juristas.
Apelo à UE que reveja a sua política de apoio à democracia e aos direitos humanos, de modo a criar um mecanismo de aplicação da cláusula dos direitos humanos em todos os acordos com países terceiros.