Reveste-se da maior importância aplicar um quadro regulamentar da UE centrado nos aspetos éticos da inteligência artificial (AI). No Parecer da Comissão IMCO a este Relatório em que fui relatora-sombra defendi que este quadro regulamentar da UE deve ter uma abordagem centrada no ser humano e conduzir ao desenvolvimento de sistemas que incorporem os valores éticos europeus na sua concepção.
Concordo que a inteligência artificial, a robótica e as tecnologias conexas socialmente responsáveis têm um papel a desempenhar no que toca a contribuir para encontrar soluções que salvaguardem e promovam os valores e os direitos fundamentais da nossa sociedade, nomeadamente a democracia, o Estado de direito, a diversidade e a independência dos meios de comunicação social e uma informação objetiva e de livre acesso, a saúde e a prosperidade económica, a igualdade de oportunidades, os direitos sociais e laborais, a educação de qualidade, a protecção das crianças, a diversidade cultural e linguística, a igualdade de género, a literacia digital, a inovação e a criatividade.
Votei favoravelmente o Relatório García del Blanco por considerar premente que o Parlamento defina com a Comissão regras muito claro sobre este conjunto de princípios éticos.