Lamento, com grande pesar, os acontecimentos recentes ocorridos em Janeiro e Março deste ano, em Jos, onde centenas de pessoas foram vítimas de confrontos religiosos e étnicos.
Na base do conflito na Nigéria estão motivos de cariz religioso, económico, étnico, social, histórico e político. É lamentável que, sendo a Nigéria o oitavo maior produtor de petróleo a nível mundial, a maioria dos seus habitantes viva abaixo do limiar da pobreza. Igualmente, as consequências adversas das alterações climáticas têm contribuído para a degradação da situação na Nigéria.
Considero que a resolução pacífica destes conflitos deve passar por um acesso equitativo aos recursos e à redistribuição de receitas num país rico em petróleo como a Nigéria.
Apelo ao Governo Federal da Nigéria que assegure a igualdade de direitos a todos os cidadãos e que combata os problemas do controlo das terras férteis, do acesso a recursos, do desemprego, da pobreza e da mitigação das alterações climáticas.
Apelo à Comissão a prosseguir o diálogo com a Nigéria ao abrigo do Acordo de Cotonou, para examinar as causas profundas do conflito, contemplando simultaneamente questões fundamentais para o desenvolvimento sustentável, como as alterações climáticas, a segurança energética, a capacitação e a educação.