Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD vice-coordenadora do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), fez esta quinta-feira, dia 21 de abril, uma intervenção sobre o impacto da guerra na Ucrânia na indústria europeia. Na sessão, participou a diretora-geral da DG do Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME (GROW) da Comissão Europeia, Kerstin Jorna.
Enaltecendo todos os esforços feitos pela Comissão Europeia para amortecer o impacto da agressão russa contra a Ucrânia na indústria da UE, a eurodeputada portuguesa considerou que, perante as circunstâncias, é preciso mais proatividade no curto prazo. Maria da Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior e relatora do Parlamento Europeu para as parcerias estratégicas do Horizonte Europa, deixou duas sugestões de ações que podem ser tomadas no curto prazo face à atual situação:
- realizar uma espécie de testes de stress para perceber de que forma os regulamentos atuais devem ser aliviados para reduzir a pressão sobre as empresas, sobre a indústria, pelo menos durante a guerra na Ucrânia;
- introduzir um procedimento acelerado para financiamentos mais rápidos com fundos europeus, para as indústrias em crise.
No período de respostas aos eurodeputados, Kerstin Jorna deu feedback a várias questões e sugestões, entre as quais as colocadas pela vice-coordenadora do Grupo do PPE na ITRE:
A responsável da DG GROW considerou que, em seu entender, a Comissão já está a ser bastante proativa. "Muitos dos problemas são locais", afirmou. Kerstin Jorna indicou que a Comissão está atenta e a tentar já perceber em que situações os regulamentos são ou não uma variável, sublinhando, porém, que o que coloca muitas vezes entraves em termos de licenciamentos são questões de nível nacional e não europeu. "Há uma Task-Force do Mercado Interno a fazer um mapeamento, para perceber porque é que, licenciar uma eólica, nuns países demora 2 anos, noutros demora 8 anos". No que toca à libertação acelerada de fundos, segundo a responsável da Comissão é preciso "analisar com cuidado qual é o perfil de risco de alguns projetos".