Maria da Graça Carvalho voltou esta segunda-feira a defender a necessidade de a Europa recuperar a sua capacidade de produção, reduzindo, assim, a dependência que tem do exterior na aquisição de componentes, como por exemplo os microchips, numa altura de transição digital acelerada.
Atualmente, constatou, a UE está atrás dos EUA e da China e, sem seu entender, isso deve-se a investimentos desaqueados, excesso de burocracia e falta de flexibilidade. A eurodeputada falava na Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores, durante a apresentação do relatório sobre o "Guião para a Década Digital", do qual é relatora-sombra. O relatório surge na sequência da proposta apresentada pela Comissão Europeia a 25 de setembro de 2021.
Agradecendo o trabalho do relator Ivars Ijabs, Maria da Graça Carvalho antecipou que apresentará algumas emendas ao relatório em nome do Grupo do PPE e considerou que, para não ficar para trás na transição digital, a UE tem que se focar em:
- investimento;
- investigação e desenvolvimento tecnológico;
- infraestruturas;
- dados;
- educação e competências.
Realçando sempre a importância de proteger os consumidores e de fortalecer o Mercado Interno, a eurodeputada lembrou o papel que podem ter programas como o Horizonte Europa, de cujas parcerias estratégicas foi relatora pelo Parlamento Europeu.