Maria da Graça Carvalho alertou esta quarta-feira, dia 4 de outubro, que a UE poderá ter dificuldades acrescidas a lidar com a crise energética se sair do Tratado da Carta da Energia, como propôs a Comissão Europeia. A eurodeputada do PSD falava em Plenário, num debate sobre este importante acordo internacional de comércio e investimento para a área da energia.
“A aceleração do investimento mundial em energias limpas é uma prioridade e um tratado modernizado proporcionaria o quadro jurídico necessário para impulsionar os investimentos também nas energias renováveis”, afirmou Maria da Graça Carvalho. “Sair do tratado, sem qualquer proteção do investimento, tornará mais difícil virar a página da crise energética e aprofundará o caos regulamentar”.
A eurodeputada do PPE lamentou que Estados-Membros da UE não tenham alcançado a maioria necessária para ratificar a modernização deste tratado, o que levou a que a Comissão Europeia propusesse uma retirada coordenada de todos os seus Estados-Membros e da Euratom. Maria da Graça Carvalho acredita que a permanência no tratado poderá ser muito vantajoso para a UE, em particular no que diz respeito às normas de proteção do investimento, à limitação da proteção concedida aos combustíveis fósseis e à promoção do desenvolvimento sustentável.
Maria da Graça Carvalho tem realizado um intenso trabalho nas áreas da energia, sendo uma das relatoras envolvidas na Revisão do Desenho do Mercado Elétrico. O REMIT, relatório de que a eurodeputada do PSD foi relatora-principal e que pretende aumentar a transparência no mercado da energia europeu, foi já aprovado na Comissão ITRE e irá agora diretamente para negociações no Conselho Europeu.