A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho questionou hoje, em nome do Partido Popular Europeu (PPE), a Comissária europeia com o pelouro da Energia, Kadri Simson, sobre duas iniciativas relacionadas com as metas ambientais da União. Especificamente: o programa “Renovation Wave”, destinado a melhorar a eficiência energética dos edifícios, e os planos para reduzir as emissões de metano.
Em relação ao primeiro, a eurodeputada garantiu que este é “muito bem-vindo” e terá “o forte apoio” do grupo no Parlamento Europeu. “Apoiamos a eficiência energética em geral, mas especialmente a Renovation Wave, pois pensamos que é uma forma muito eficaz de reduzir os consumos de energia e, ao mesmo tempo, de apoiar a economia, criando empregos e utilizando materiais produzidos localmente”, explicou.
Contudo, a eurodeputada quis saber qual é a estratégia da Comissão para as intervenções em edifícios habitados – se esta contempla o carater “mandatário” das intervenções ou se estão a ser equacionados “incentivos” para mobilizar os cidadãos. Maria da Graça Carvalho perguntou ainda se estas renovações serão aproveitadas para promover a transição para o uso de energias renováveis, integrando nos edifícios tecnologias como as pilhas de combustível utilizando hidrogénio.
No que respeita aos objetivos de redução das emissões de metano – o segundo gás com efeitos de estufa mais emitido para a atmosfera devido à ação humana -, a eurodeputada repetiu o apoio do grupo do PPE a esta iniciativa. No entanto, questionou o facto de a mesma se centrar, pelo menos para já, no setor da Energia, cujo impacto é “comparativamente reduzido face a outros, como é o caso da agricultura”.
Sobre as questões relativas à implementação da Renovation Wave, Kadri Simson defendeu que caberá às autoridades nacionais encontrarem os quadros legais que enquadrem a iniciativa, tanto em matéria de padrões de qualidade e eficácia como considerando as implicações sociais da intervenção. Sobre o metano, disse que a eficiência energética “é o foco número um” desta iniciativa, pelo que é esperado que as renovações sirvam para promover o uso de renováveis. No entanto disse também que caberá ao estados-membros definirem as suas prioridades.
Já sobre o metano, a comissaria explicou que a estratégia agora apresentada é “um primeiro passo na direção em que queremos ir”, e que os diferentes comissários estão a trabalhar em estratégias para as áreas relacionadas com os seus pelouros, nomeadamente o comissario europeu para a agricultura e desenvolvimento rural, Janusz Wojciechowski.