Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), participou esta quinta-feira, dia 28 de outubro, num debate sobre a apresentação de um estudo, nessa mesma comissão, sobre Autonomia e Década Digital Europeia, da autoria de Cristiano Codagnone, Giovanni Liva, Laura Gunderson, Gianluca Misuraca e Emanuele Rebesco.
"Parecem-me especialmente pertinentes as necessidades identificadas em matéria de qualificações, da infraestrutura digital, e da atenção específica que deve ser dada à investigação científica, à indústria e às empresas, em particular as pequenas e médias empresas. Estes são pontos nos quais o Partido Popular Europeu tem vindo a insistir com grande veemência. É nossa convicção de que a União Europeia só será capaz de recuperar do atraso que tem em relação aos Estados Unidos e à China no Digital com uma abordagem transversal. Precisamos de elevar as competências digitais dos nossos cidadãos. Não podemos desperdiçar capital humano!", disse a eurodeputada, que recentemente ficou no Top 10 dos membros do Parlamento Europeu mais influentes na área do Digital no índex anual realizado em parceria pelo BWC Brussels e pelo Vote Watch Europe.
"Só com uma infraestrutura digital de grande capacidade poderemos ter uma posição relevante no domínio dos dados, que são um dos ativos mais valorizados - e estrategicamente mais importantes - do planeta. E, acrescento, temos de investir em investigação científica e de recuperar capacidade ao nível da produção, nomeadamente de microprocessadores. Finalmente, porque o digital é crucial para todos os outros domínios, devemos apoiar as nossas empresas e a nossa indústria a fazerem esta transição. Em nome da competitividade e da soberania europeias", sublinhou a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, que frequentemente tem frisado nas suas intervenções a necessidade de a Europa recuperar a capacidade de fazer e de produzir.