Maria da Graça Carvalho participou esta segunda-feira, dia 31 de maio, na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), numa sessão de debate com Lucilla Sioli, diretora para a Inteligência Artificial e a Indústria Digital na Direção-Geral das Redes de Comunicação, Conteúdos e Tecnologias na Comissão Europeia. Na ocasião, a eurodeputada, que é vice-coordenadora do PPE na ITRE e também membro da Comissão Especial sobre Inteligência Artificial na Era Digital (AIDA), comentou com a responsável e os membros da ITRE o Plano Coordenado para a Inteligência Artificial (IA).
Leia abaixo a intervenção completa de Maria da Graça Carvalho:
“Muito boa tarde, Senhora Sioli. Muito obrigada! Gostei muito da sua intervenção, muito em linha com as ideias que temos vindo a defender. Gostaria de chamar a atenção para alguns aspetos: desde logo, a questão da investigação industrial, a que se referiu. Achamos que é muito importante ter capacidades reforçadas na investigação, na manufatura na área do digital, dos microprocessadores, etc… Não só nas coisas mais teóricas e fundamentais. Mas termos a capacidade de fabricar isto na Europa. Recuperar essa capacidade para a Europa. A Comissão deve incentivar esta questão. Quanto às areas focais, mencionou várias. O PPE gostaria que a indústria fosse uma delas, no que à aplicação da Inteligência Artificial diz respeito. Fiquei muito satisfeita com a referência às competências, especialmente no que toca às questões de género, às competências de base, às infraestruturas, à computação de alto desempenho. Não se esqueça da computação quântica. Um último comentário, que tem que ver com o enquadramento para a Inteligência Artificial. E, também aí, há a recomendação, que fazemos sempre à Comissão: temos que ter equilíbrio entre enquadramento regulador e a liberdade de inovar. Sobretudo quando estamos a regular algo que é muito novo e queremos desenvolver rapidamente. Temos que ter uma base ética muito forte, mas temos que ser suficientemente flexíveis, para não regular em demasia, pois isso poderá ser uma barreira à inovação. Apenas mais uma coisa: o papel das plataformas digitais é muito importante. Há toda uma série de plataformas, de vários tipos, como as da ERA, do EIT, o que é bom. Mas não devemos ter uma proliferação. Deve haver uma ligação e uma complementariedade entre os vários tipos de plataformas. Muito obrigada!”