Maria da Graça Carvalho participou no segundo dia do XXIII Congresso da Ordem dos Engenheiros, dia 26 de janeiro, no Porto, para discutir prioridades políticas de desenvolvimento à luz de temáticas como a habitação, do futuro da mobilidade, das políticas de educação e qualificação, políticas de energia e transição digital, entre outras.
Na sua intervenção, sobre a “Indústria 5.0. Tecnologia e o fator humano”, começou por sugerir o potencial transformador da tecnologia na Estratégia Industrial Europeia. “Vivemos um período de acelerada transformação, no qual enfrentamos problemas tremendos, o maior dos quais as alterações climáticas, mas dispomos também de recursos tecnológicos com um potencial sem paralelo na história da humanidade, e que vêm a ser adotados a um ritmo nunca antes visto”, defendeu Maria da Graça Carvalho.
A eurodeputada acredita que “o principal desafio que se coloca à humanidade no seu conjunto e a sectores específicos de atividade, como é o caso dos engenheiros, é saber conciliar todas estas vertentes”. Por isso, acrescenta, “temos de saber integrar tecnologias tão disruptivas como a inteligência artificial, as bioengenharias, ou a internet das coisas nos processos industriais”.
Após defender e salientar a importância da Lei dos Dados e da Lei da Inteligência Artificial, legislação inédita e pioneira no mundo, referiu que a Transição Verde e a Transição Digital são “transições gémeas” e pilares nesta nova Indústria.
Perante esta “nova revolução industrial”, Maria da Graça Carvalho sublinhou ainda que “a filosofia subjacente é que a digitalização da indústria não pode resultar na sua desumanização. As inovações tecnológicas devem servir para melhorar a vida das pessoas – incluindo daquelas que a indústria emprega, e não concorrer com estas”.