Intervenção de Maria da Graça Carvalho no Fórum Nacional Autárquico do PSD o Teatro das Figuras, em Faro, este sábado, dia 28 de agosto.
"Exmo. doutor Rio Rio,
Senhores presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira,
Caros colegas e amigos,
Caros e caras autarcas,
O PSD, desde a sua génese, sempre foi um partido próximo das pessoas. A ambição de criar um partido identificado com a sociedade civil, com as suas necessidades e anseios, já estava presente no pensamento de Francisco Sá Carneiro, Magalhães Mota e Francisco Pinto Balsemão quando fundaram o PPD/PSD em 1974.
Sonhavam construir o maior e o mais enraizado partido político português.
Indo ao encontro desse sonho, Francisco Sá Carneiro pediu que se percorresse o País, de norte a sul, passando pelas ilhas, e em cada sítio, em cada concelho, se procurassem os homens bons da terra, os mais respeitados, aqueles sobretudo que pudessem emprestar a sua credibilidade ao então PPD. Sá Carneiro não queria apenas os melhores, queria também contar com verdadeiros fazedores. Homens e mulheres de ação, capazes de arregaçarem as mangas e de irem à luta.
O alargamento e a implantação do PPD/PSD por todo o território nacional obedeceram a essas premissas. Os melhores aderiam ao partido e este cresceu em todo o País. Tornou-se, sem margem para dúvidas, no grande partido do poder local, criando raízes nas diferentes freguesias e municípios de Portugal.
O nosso melhor cartão de visita para os eleitores sempre foi o trabalho dos nossos autarcas. Ao contrário de outros partidos do arco governativo, para os quais o poder local tem sido muitas vezes uma rampa de lançamento de políticos para outros cargos, os autarcas do PSD distinguem-se pelo seu compromisso com as terras que os elegeram.
Durante estes 47 anos de democracia, inúmeros são os exemplos da obra, do empenho, do espírito reformista que os nossos autarcas colocaram ao serviço dos seus territórios e das suas populações. Quando se fala em autarcas-modelo, vem sempre à cabeça o nome de ilustres social democratas que, durante anos e anos, contribuíram para o desenvolvimento do nosso País.
Um patamar de excelência que o PSD se tem empenhado em manter. E permitam-me, na qualidade de presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro, que faça aqui uma referência ao trabalho único que, ao longo dos anos, tem sido feito ao nível da formação de líderes políticos, através da nossa Universidade de Verão e das muitas ações dedicadas a formação de autarcas, de mulheres, que temos feito por todo o País.
Nesse espírito, e apesar das limitações da pandemia, percorremos nos últimos meses o país, de uma ponta à outra, em diversas ações de formação dos nossos autarcas.
Não existe em Portugal outro partido que dedique tanto tempo, que invista tanto, na formação política de excelência.
Dito isto, é importante reconhecer que esse legado nem sempre se tem traduzido em resultados eleitorais. Desde 2009, o nosso partido tem vindo a perder força ao nível das autarquias. As eleições de 2013 e 2017 voltaram a ser dececionantes para nós, com a perda de algumas câmaras importantes e uma redução na nossa representatividade.
Mas se há característica que nos distingue, e aos grandes políticos que passaram e que estão neste partido, é a recusa em ceder perante as adversidades. Vamos à luta! E não nos contentamos com um papel menor do que aquele que nos foi reservado pela história. O papel de grande partido de Portugal. De Portugal inteiro. Do Norte, do Centro, do Sul, do Litoral e do Interior. E das regiões autónomas. Da Madeira e dos Açores. Ambas lideradas por social-democratas. Ambas mostrando ao país do que é feito o PSD.
Este ano – é essa a minha convicção - temos todas as condições para podermos fazer crescer a nossa representatividade no poder autárquico. Para horarmos o legado de Sá Carneiro. A qualidade dos nossos candidatos, e o trabalho que está a ser feito, certamente trarão os seus frutos.
E a 26 de setembro, tenho a certeza que o PSD voltará, através do poder local, a afirmar-se como o grande partido nacional.
Muito obrigada!"