Seis mulheres militantes do Partido Social Democrata endereçaram hoje uma carta aberta aos três candidatos à Presidência do partido para pedir uma maior participação de mulheres nos órgãos nacionais e na vida activa do partido e por consequência na política nacional.
Este grupo de mulheres verificou que "não existem muitas mulheres em cargos políticos ou em cargos públicos de relevo" e exorta os candidatos a "observarem o que se passa nos Órgãos Nacionais do Partido: Mesa do Congresso dos 7 Membros, 2 são Mulheres (29%); Comissão Política Nacional dos 18 Membros, 3 são Mulheres (16,7%); Conselho de Jurisdição Nacional dos 9 Membros, 1 é Mulher (11%); Conselho Nacional dos 59 Membros, 2 são Mulheres (3,4%); Comissão de Relações Internacionais dos 3 Membros, nenhum é Mulher; Coordenação de Secretariado da Emigração 1 Membro, nenhum é Mulher (0%). Nas Comissões Políticas Distritais do Partido, das 18 Comissões Políticas todos os Presidentes são Homens. E nas Comissões Políticas Regionais do Partido, os Açores tem uma Mulher Presidente e a Madeira um Presidente."
A carta analisa a fraca participação das mulheres na política nacional percorrendo a composição dos diversos Governos e ressalta a "falta de maturidade da democracia portuguesa no que se refere à igualdade de género". As signatárias aguardam respostas dos três candidatos.
As seis mulheres que pedem uma "reflexão profunda dos factos apresentados" são Celeste dos Santos Amaro, Deputada da Assembleia da República; Maria Emília Apolinário, Vice-Presidente da Mesa Secção G; Maria Clara Carneiro, Deputada da Assembleia da República; Maria da Graça Carvalho, Deputada ao Parlamento Europeu; Lina Cardoso Lopes, Vogal da Comissão Política a Secção Oriental de Lisboa e por Margarida Maria Saavedra, Arquitecta - Ex vereadora da Câmara de Lisboa.