Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e vice-presidente da Comissão das Pescas no Parlamento Europeu, participou esta quinta-feira à tarde na conferência “The Charter for the Mission “Restore our Ocean and Waters by 2030”, realizada no Oceanário de Lisboa, no âmbito da Conferência dos Oceanos da ONU 2022.
"Nós sabemos o que está em jogo. Conhecemos as ameaças. Alterações Climáticas. Poluição. Sobrepesca. Entendemos que proteger os oceanos e outros recursos hídricos é um componente-chave do Pacto Ecológico Europeu. A questão é como faremos o que precisa ser feito. Temos responsabilidades coletivas em relação aos oceanos e águas. É nossa obrigação protegê-los em toda a sua diversidade. Ao mesmo tempo, não devemos negligenciar os setores e comunidades que deles dependem. Na verdade, precisamos de estratégias para trazer mais prosperidade a esses setores e comunidades de forma sustentável", declarou a eurodeputada, que é também vice-coordenadora do Grupo do Partido Popular Europeu na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia do Parlamento Europeu.
"Do meu ponto de vista, a Investigação e a Inovação são de importância crítica. É através delas que podemos aspirar a desenvolver uma relação mais sustentável com os nossos oceanos. E o digital também desempenhará um papel crítico. Especialmente no que diz respeito ao uso que podemos fazer dos dados, tanto para a proteção dos oceanos quanto para atividades comerciais sustentáveis. Estes são os recursos que nos permitirão criar soluções tanto para as atividades tradicionais como para as novas. Há muito que defendo uma abordagem holística e centrada na investigação para a gestão dos oceanos. Os oceanos devem ser uma prioridade. Nem sempre é fácil colocar os oceanos como prioridade nas negociações. Mas conseguimos", disse, dando como exemplo a comunidade de conhecimento e desenvolvimento (KIc) dedicada à água, ecossistemas marinhos e marítimos que foi incluída na agenda do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, da qual a eurodeputada foi relatora do Parlamento Europeu.
"Mas se queremos colocar a inovação no centro da nossa economia azul, precisamos de uma maior colaboração entre academia, centros de investigação e inovação. Precisamos envolver as autoridades públicas e a indústria para promover o uso de equipamentos, métodos, técnicas e práticas baseadas no melhor conhecimento científico disponível. Acredito que os políticos, e os europeus em geral, estão bem conscientes da importância deste esforço. Portanto, cabe a todos nós ligar os pontos e transformar nossas intenções em ações concretas", concluiu Maria da Graça Carvalho, que é também relatora do Parlamento Europeu para o Horizonte Europa, programa-quadro da UE para a Ciência e Inovação.