Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), fez esta terça-feira, dia 8 de março, uma intervenção em plenário durante o debate da pergunta oral do Parlamento Europeu à Comissão Europeia sobre a situação no mercado da energia e as soluções propostas para fazer face ao aumento dos preços e assegurar o aprovisionamento energético. No quadro da guerra na Ucrânia. Mas não só.
Começando por congratular a Comissão Europeia, ali representada pela comissária da Energia Kadri Simson, pela publicação do Repower EU, esta mesma terça-feira, Maria da Graça Carvalho constatou que "a atual crise dos preços da energia, agravada pela invasão russa da Ucrânia, coloca-nos dois grandes desafios" E enumerou:
"O primeiro prende-se com a autonomia estratégica da União Europeia. Precisamos de diversificar os países de origem e de passagem do gás que importamos. As interligações são muito importantes. E permitam-me que lembre as palavras do vice-presidente Frans Timmermans que ontem, neste Parlamento, disse que será dada prioridade a este tema. Nomeadamente às ligações de Portugal e Espanha ao resto da Europa", declarou a eurodeputada, ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior e Engenheira Mecânica de formação.
"O segundo aspeto é a proteção dos consumidores. Daqueles que se encontram em risco imediato de pobreza energética, mas também da classe média e das empresas. Pequenas e Médias Empresas, os setores de alto consumo energético, como as cerâmicas e o cimento, mas também a agricultura ou as pescas, estão já a sofrer as consequências dos preços da energia", sublinhou Maria da Graça Carvalho, que é membro suplente da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO).
A eurodeputada concluiu a sua intervenção pedindo à Comissão que proteja os cidadãos e as empresas com o pacote de medidas hoje anunciadas e dê indicações claras aos Estados membros nesse sentido.
LEIA AQUI A PERGUNTA ORAL DO PARLAMENTO EUROPEU À COMISSÃO EUROPEIA SOBRE A CRISE ENERGÉTICA