Work in Parliament Maria da Graça Carvalho alerta para falhas graves com fornecedores de gás natural liquefeito no mercado elétrico europeu

Maria da Graça Carvalho afirmou esta quarta-feira, dia 8 de novembro, que alguns fornecedores de energia do mercado elétrico europeu continuam a contornar as regras, especialmente no que diz respeito ao gás natural liquefeito (GNL). A eurodeputada do PSD falava num debate sobre a União da Energia, um acordo que visa reduzir a dependência das importações de energia, lutar contra as alterações climáticas e assegurar que os consumidores de energia da UE têm opções de consumo mais alargadas e a preços mais baixos. O debate decorre no contexto das negociações da reforma do mercado elétrico entre o Conselho e o Parlamento Europeu.

“Atualmente, estamos nas etapas finais da negociação do Desenho do Mercado da Eletricidade e do REMIT, destinado a combater as manipulações desse mercado”, afirmou Maria da Graça Carvalho. “Mas não podemos assumir que fizemos tudo. Ao nível dos fornecedores, em especial no que respeita ao gás natural liquefeito, as regras continuam a ser contornadas. Não podemos aceitar essas práticas. Foi por esse motivo que incluí o GNL no meu relatório do REMIT.”

A eurodeputada do PSD quis ainda salientar que, apesar destes constrangimentos, a UE tem realizado nos últimos meses um trabalho excecional em termos do setor de energia, que passou pela redução do consumo total de gás natural, do fim da dependência do gás e do petróleo russo e do recorde de capacidade instalada para produção de energia solar fotovoltaica.

“Temos assistido a muitos progressos no setor da energia. Conseguimos rever um conjunto muito significativo de diretivas e regulamentos no setor energético, nomeadamente a diretiva das energias renováveis e a diretiva da eficiência energética”, salientou.

Maria da Graça Carvalho tem estado amplamente envolvida na reforma do mercado elétrico europeu. É relatora-principal do REMIT, o Regulamento de Proteção da União Contra a Manipulação do Mercado Grossista da Energia, que visa evitar práticas especulativas nos preços da eletricidade, reduzir abusos e aumentar a transparência do mercado da eletricidade europeu. É ainda negociadora pelo PPE da Reforma do Desenho do Mercado Elétrico Europeu (EMD), dossiê que já conta com um acordo dos ministros no Conselho Europeu.