A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho deu início nesta quinta-feira à apresentação da Agenda Estratégica do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, da qual foi relatora, à Comissão Europeia e à nova Presidência alemã do Conselho Europeu.
Num trílogo realizado por videoconferência, a eurodeputada resumiu aquelas que foram as principais ideias constantes da proposta do Parlamento Europeu, aprovada por ampla margem na Comissão ITRE – Indústria, Investigação e Energia. Nomeadamente ao nível da transparência, flexibilidade e equilíbrio nos apoios concedidos por esta instituição, tanto em termos do peso específico dado a cada um dos vértices do chamado “Triângulo do Conhecimento (Educação, Ciência e Inovação), como na sua distribuição entre os parceiros.
O EIT tem sido criticado pelas assimetrias registadas ao nível da gestão de projetos, quer no que respeita ao financiamento de cada um desses vértices – com a Educação a ter menos preponderância do que seria expectável -, quer nas entidades escolhidas para acolherem os projetos. De acordo com dados da Comissão Europeia, 73% dos fundos distribuídos pelo EIT concentram-se em cinco países. É a estes desafios que Maria da Graça Carvalho pretende dar resposta: “A excelência continuará a ser o critério prioritário” na seleção dos projetos a apoiar, garantiu, “mas há bolsas de excelência por toda a Europa”.
Na sua intervenção, a eurodeputada defendeu ainda a inclusão da referência ao “Património Cultural” numa nova Comunidade de Inovação e Conhecimento (KIC) dedicada à Cultura proposta pela Comissão, bem como a criação de uma segunda KIC dedicada a todos os assuntos relacionados com a água e os recursos marinhos e hídricos.
Finalmente, reforçou a importância de o EIT receber pelo menos 4% do orçamento total do próximo programa-quadro da Ciencia e Inovação, o Horizonte Europa.