Work in Parliament Maria da Graça Carvalho apresenta parecer sobre otimização do funcionamento do mercado único digital a nível da igualdade de género

Committees FEMM | 01-02-2021

Maria da Graça Carvalho apresentou esta segunda-feira, dia 1 de fevereiro, na FEMM - Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros um parecer ao relatório "Shaping the digital future of Europe: removing barriers to the functioning of the digital single market and improving the use of AI for European consumers".

Na sua intervenção, a eurodeputada do PPE considerou ser da maior relevância o reconhecimento de que, entre as barreiras a um mercado único digital pleno, está o enorme fosso na participação de mulheres no setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ou das Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, na sua sigla inglesa). Apesar de todos os esforços feitos até agora, apenas 17% dos especialistas em TIC são mulheres. Esta sub-representação, em pleno século XXI, é bastante significativa. Ora, estima-se que a economia europeia teria um boost de 16 mil milhões de euros por ano se as mulheres formadas nas TIC seguissem carreira nessa área, tal como sucede com os homens.

Neste contexto, Maria da Graça Carvalho recomendou que a Comissão Europeia, os Estados membros e os outros atores de relevo estabeleçam, de uma vez por todas, políticas que visem o aumento da participação das mulheres na ciência, tecnologia, engenharia e Inteligência Artificial (IA). E defendeu medidas nos setores da educação e do emprego a nível do digital para que seja possível atingir esse objetivo.

 Do ponto de vista do consumidor, a ex-ministra da Ciência e do Ensino Superior sublinhou a sua enorme preocupação com a literacia digital, que afeta mais as mulheres do que os homens, deixando-as em desvantagem nos mercados digitais emergentes. É preciso empoderar os consumidores, em particular as mulheres, através do ensino de competências TIC e lançar campanhas de consciencialização, por forma a permitir que consigam retirar total benefício do mercado único digital. Ao mesmo tempo, alertou, é preciso assegurar que as mulheres não são o consumidor vulnerável, dando-lhes ferramentas para se protegerem do cibercrime e da discriminação no mundo digital.

 

 

 

 

 

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