Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), participou esta terça-feira, dia 15 de março, num debate com a comissária europeia da Energia, Kadri Simon, sobre o RepowerEU, o plano da Comissão Europeia para reduzir dependência energética da Rússia, tornando a União Europeia independente do fornecimento russo antes de 2030.
"Ao longo dos últimos anos, o foco principal nas políticas energéticas tem sido a sustentabilidade, enquanto a segurança e acessibilidade têm sido deixadas demasiado ao critério do mercado. Deveria ser adotada uma abordagem mais coordenada, a nível europeu, para o armazenamento do gás, monitorização da disponibilidade de gás em todos os Estados membros, bem como as entregas previstas e os níveis das reservas. Recebemos com agrado a proposta da Comissão Europeia de ser estabelecido um requisito legal de que os Estados membros assegurem níveis mínimos de reservas e também a consideração da compra conjunta", afirmou a eurodeputada, falando em nome do Grupo do PPE na ITRE.
"O aumento dos preços da eletricidade verificado ao longo do último ano é insustentável para os cidadãos, pequenas e médias empresas e indústrias, sobretudo as energias de consumo intensivo de energia. São necessárias medidas urgentes no curto prazo, e a comunicação da Comissão, o pacote de medidas, contém algumas delas, tais como a redução dos impostos sobre a energia, a compensação dos mais vulneráveis e a revisão das ajudas estatais. No entanto, falta-lhe ambição, foco e concretização destas medidas no curto prazo", frisou Maria da Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior.
"Precisamos também de concluir urgentemente o Mercado Interno da Energia, com a conclusão de algumas das interligações que ainda faltam", concluiu a eurodeputada do PSD, que há muito tempo vem alertando para a importância da interligação dos Pirenéus, como alternativa ao fornecimento russo no abastecimeto da Europa. Maria da Graça Carvalho, também membro suplente da comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO), fez várias intervenções sobre este tema na semana passada, em Estrasburgo, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu.