Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, Investigação e Energia, participou esta terça-feira numa reunião extraordinária com a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, que foi realizada em Estrasburgo com o objetivo de debater a situação dos mercados de energia e as propostas recentemente apresentadas pela Comissão. Esta troca de impressões e de informações dos deputados membros da Comissão ITRE com a comissária acontece na véspera de o Parlamento Europeu votar, em plenário, uma importante Resolução sobre qual dever ser a resposta da UE ao aumento dos preços da Energia.
"A crise energética que enfrentamos está a afetar os cidadãos, as empresas e a indústria europeias e toda a sociedade. Precisamos de respostas imediatas para acalmar os preços. Entretanto, a UE deve também desenvolver soluções a médio e longo prazo para cumprir os seus objetivos ambiciosos em matéria de energia e alterações climáticas. Como regra geral, acredito que não devemos intervir no mercado. No entanto, as circunstâncias excecionais que vivemos exigem medidas de emergência. Estes devem ser temporários e reversíveis. Uma das principais causas da crise atual é a oferta insuficiente de energia combinada com o crescimento da demanda. Para resolver isso, as empresas precisam de investimento e segurança regulatória. Os impostos extraordinários não são a solução para resolver o problema atual ou acelerar a transição energética", afirmou a eurodeputada, durante o debate com a comissária Kadri Simson.
No decorrer da sua intervenção, Maria da Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, questionou a comissária europeia da Energia sobre "como pode a Comissão Europeia garantir aos operadores e às forças do mercado que estas medidas [para fazer face aos preços da energia] não impedirão o investimento em novas tecnologias e soluções inovadoras, essenciais para a dupla transição".