"As mulheres estão mais expostas à pobreza energética, especialmente as mães solteiras e as mulheres mais velhas e, por isso, precisamos de agir tanto a nível europeu como a nível dos Estados membros", alertou Maria da Graça Carvalho num debate realizado esta quinta-feira, dia 27 de outubro, na Comissão da Indústria, Investigação e Energia do Parlamento Europeu, no âmbito da Semana Europeia da Igualdade de Género.
Vice-coordenadora do Grupo do PPE nesta comissão e igualmente membro permanente da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros, a eurodeputada do PSD constatou que as mulheres estão pouco representadas nas duas transições mais importantes que a Europa tem para fazer, a transição energética e a transição digital, pelo que é preciso conseguir gerar e atrair mais competências femininas para estas áreas.
"Não temos suficientes dados desagregados por género. Por isso mesmo, um grupo de eurodeputados, no qual me incluo, propôs um projeto-piloto sobre este tema, que foi aprovado. Muitas das respostas a estas questões são da responsabilidade dos Estados membros. No entanto, no que diz respeito à nossa responsabilidade, tomámos medidas e continuaremos a tomá-las com renovada ambição: com a diretiva sobre a participação das Mulheres nos Conselhos de Administração (Women on Boards), que será aprovada na próxima sessão plenária; com o EIT, o EIC e Parcerias Público-Privadas do Horizonte Europa, onde incluímos disposições para atrair mulheres para a investigação em STEM e para o empreendedorismo. No entanto, precisamos de iniciar esses esforços o mais cedo possível, quando as raparigas têm seis a dez anos. Por isso, o PPE está empenhado numa campanha para atrair meninas para as STEM e especialmente para a energia e o digital", sublinhou a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, que foi relatora do Parlamento Europeu para as parcerias estratégicas do programa-quadro Horizonte Europa.