Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), participou esta quinta-feira, dia 10 de março, num debate em plenário sobre a nova estratégia da União Europeia para os têxteis, um setor que, como é sabido, é de grande importância para Portugal.
"A indústria têxtil é um dos ecossistemas mais importantes da Europa. Ao longo da história, a indústria têxtil europeia tem estado na vanguarda da inovação e da competitividade global. É um motivo de orgulho e um importante ativo europeu, que a estratégia têxtil deve valorizar e ajudar a crescer ainda mais", disse a eurodeputada, enumerando alguns dos pontos que considera importantes observar na transformação incontornável pela qual este setor tem também que passar.
"Deve ficar mais verde, mais circular e sustentável, aproveitar em pleno a digitalização e impulsionar a reutilização, reciclagem e redução de resíduos". Por isso, considerou, "a estratégia têxtil deve criar um quadro positivo para o setor. Um quadro que dê ênfase às competências, à tecnologia e à inovação. Um quadro que reconheça a complexidade dos desafios que este setor enfrenta e enfrentou. Nomeadamente no contexto da pandemia. Que tenha em conta a complexidade da sua cadeia de valor. Mas também que premeie a resiliência da indústria têxtil e todo o seu contributo ao longo da nossa história europeia. O seu património e o seu legado".
A estratégia da UE sobre têxteis sustentáveis deverá ser apresentada pela Comissão Europeia no dia 30 de março no âmbito do pacote relativo à economia circular. Já o Pacto Ecológico Europeu, o Plano de Ação para a Economia Circular e a Estratégia Industrial para a Europa identificaram o setor têxtil como setor prioritário, com elevado potencial de circularidade, fundamental para a transição para uma economia mais sustentável. O Plano de Recuperação e Resiliência também descreveu o impacto da pandemia de COVID-19 no ecossistema industrial dos têxteis na UE, identificando as suas necessidades de recuperação à luz das fragilidades, atuais e previstas, tanto do lado da procura como do lado da oferta. Este debate é, portanto, da maior relevância.