Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, Investigação e Energia (ITRE), defendeu esta quinta-feira, em plenário, que são necessárias medidas corajosas em tempos de crise, ainda que temporárias, no sentido de aliviar a carga burocrática que pesa sobre as indústrias, especialmente as Pequenas e Médias Empresas (PME).
"A indústria é a espinha dorsal da nossa economia. É central para construir uma autonomia estratégica aberta. Cconsidero essencial abordar o mercado único de forma holística. Combinando comércio, concorrência e políticas industriais. A UE deve impulsionar e completar o seu mercado interno e fortalecer o mercado interno da investigação científica e inovação. A nossa indústria precisa de ajuda para ultrapassar a enorme lacuna de investimento em tecnologia. Para levar inovação ao mercado. Senhora Comissária [Vera Jourova], temos de ser corajosos em tempos de crise. Por isso, peço-lhe que introduza uma moratória regulamentar temporária, a fim de aliviar a carga burocrática sobre as indústrias, especialmente as PME", disse a eurodeputada no debate do relatório sobre a Nova Estratégia Industrial da UE, do eurodeputado Tom Berendsen, de cujo parecer na Comissão do Mercado Interno (IMCO) Maria da Graça Carvalho foi a Relatora.
Na sua intervenção, em Estrasburgo, a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, sugeriu ainda outras medidas que considera importantes para auxiliar a indústria europeia do futuro:
• garantir acesso rápido aos fundos;
• desenvolver ações concretas para colmatar a falta de competências;
• e tomar medidas fortes para lidar com os preços da energia, uma ameaça para muitos dos nossos setores industriais.