Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e vice-presidente da Comissão das Pescas no Parlamento Europeu, participou esta quinta-feira num debate em plenário sobre o regulamento da pesca em águas profundas (REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2022/1614 DA COMISSÃO de 15 de setembro de 2022 que define as zonas de pesca de profundidade existentes e estabelece uma lista das zonas que abrigam ou podem abrigar ecossistemas marinhos vulneráveis).
"A proteção dos ecossistemas marinhos, ricos em biodiversidade, é fundamental para o futuro do planeta e para a sustentabilidade das nossas atividades nos oceanos. O regulamento que hoje discutimos reflete essa ambição. A pesca de arrasto de profundidade é, manifestamente, uma atividade com efeitos significativos em diferentes habitats marinhos. E terá de ser progressivamente eliminada. Que não restem dúvidas a esse respeito. Mas ao mesmo tempo, ao tomarmos decisões que se refletem numa atividade tão importante para a Europa, é essencial que o façamos da forma mais fundamentada possível: apoiados na evidência científica, nos dados mais recentes e ouvindo os responsáveis do setor e as autoridades governamentais competentes", disse Maria da Graça Carvalho, num debate em que a Comissão Europeia esteve representada pela comissária Helena Dalli.
"Na presente situação de crise, em que os nossos atores económicos lutam com altos preços de energia e escassez de recursos, devemos também ser cuidadosos na concretização desta medida. A pesca de arrasto, embora incidindo apenas sobre 2% das áreas marinhas abaixo dos 800 metros de profundidade, continua a ser uma importante fonte de rendimento para diversas indústrias e comunidades costeiras. Peço, por isso, que sem abdicar do objetivo de pôr termo a esta atividade, sejam tidas em conta as preocupações expressas por alguns Estados membros", apelou a eurodeputada, também vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia.