Na semana que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que este ano se vai realizar em Lisboa, a eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho copresidiu esta terça-feira, dia 21 de junho, à conferência online “Boosting innovation for the future and sustainability of our ocean – The road to Lisbon”, na qualidade de copresidente do Grupo de Trabalho de Governança do Oceano do Intergrupo do Parlamento Europeu sobre Alterações Climáticas, Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável e de vice-presidente da Comissão das Pescas do Parlamento Europeu.
"Construir uma economia sustentável para os oceanos é uma das tarefas mais importantes e uma das maiores oportunidades do nosso tempo. Investigação científica, recolha de dados e inovação são fundamentais para a tomada de decisões e gestão dos oceanos. Precisamos de uma abordagem holística e centrada na investigação para a gestão dos oceanos, a fim de gerir de forma sustentável 100% do oceanos e alcançar a visão de proteção, produção e prosperidade. A UE deve agir rapidamente. A investigação e a inovação têm um papel fundamental a desempenhar. Devemos aumentar as oportunidades de aproximação de todos os setores, integrando a economia e reforçando os investimentos em diversas áreas, desde a aquicultura à gestão das pescas, monitorização ambiental, carbono azul, energias renováveis, biodiversidade, gémeos digitais etc...", afirmou Maria da Graça Carvalho, no decorrer da sua intervenção.
Lembrando o seu trabalho como relatora para as parcerias estratégicas do programa-quadro de ciência e inovação Horizonte Europa e para a Agenda Estratégica do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, no âmbito da qual foi criada uma comunidade (KIC) dedicada à Água, a eurodeputada do Grupo do PPE assinalou a importância de haver sinergias entre fundos, formas de financiamento, entre programas e iniciativas diversas. "A União deve providenciar o apoio financeiro adequado. Caso contrário, não conseguimos ter investimentos em larga escala em investigação, tecnologia e infraestrutura para a economia azul. Existem vários instrumentos financeiros disponíveis, desde o Fundo Europeu Marítimo, das Pescas e Aquicultura (EMFAF) aos outros fundos de coesão, estruturais e de investimento, mas também o Horizonte Europa e o Mecanismo de Recuperação e Resiliência ou Horizonte Europa. É preciso garantir que esses recursos sejam bem utilizados e que haja sinergias entre fundos e programas", frisou a eurodeputada, ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior.
Na conferência, copresidida por Maria Graça de Carvalho e pela sua colega francesa Catherine Chabaud, participaram ainda outras personalidades como o enviado do secretário-geral da ONU para os Oceanos Peter Thomson, o comissário europeu das Pescas Virginijus Sinkevičius ou o Investigador do Centro de Ciências do Mar. (CCMAR) da Universidade do Algarve Jorge Manuel Santos Gonçalves.