O parecer da eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho sobre a inteligência artificial (IA) na educação, na cultura e no sector audiovisual, foi ontem aprovado por ampla margem na Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros (FEMM).
No total, o parecer da FEMM, dirigido à Comissão da Cultura e da Educação (CULT), recebeu 28 votos favoráveis e apenas três contra, registando-se ainda quatro abstenções.
No documento, Maria da Graça Carvalho defende um conjunto alargado de medidas destinadas a aumentar a participação das mulheres na inteligência artificial, tanto como consumidoras como criadoras, recordando que, “globalmente, apenas 22% dos profissionais da IA são do sexo feminino”.
Entre essas medidas está precisamente uma atuação decidida “em todos níveis do sistema de educação, nos meios culturais e no audiovisual”.
São igualmente abordadas as diferentes implicações desta tecnologia, com a deputada a considerar que “a Comissão Europeia e os estados-membros devem ter em consideração aspetos éticos, incluindo de uma perspetiva de género, quando definem políticas relativas à Inteligência Artificial".
Reagindo à votação desta quinta-feira, Maria das Graça Carvalho disse estar “grata por se ter conseguido um consenso significativo entre as várias forças políticas, relativamente a um tema de grande importância para o futuro da nossa sociedade”.